domingo, dezembro 10, 2006

estão a cair papeizinhos do céu...


foi com esta frase inocente, proferida por mim, que todos se aperceberam do fenóneno.

corria o ano de 1986. estava na aula de ciências da natureza, na altura era assim que se chamava a disciplina. eu na 3ª carteira do lado esquerdo da sala, junto à parede, disse:

- óh professora! estão a cair papeizinhos do céu!

a professora olha lá para fora, aproxima-se da janela e diz:

- está a nevar meninos! está a nevar! todos lá para fora! vamos rápido! todos lá para fora!

nós, nem conseguiamos acreditar em tal acontecimento! estavamos a 100 metros da praia! a maior parte de nós nunca tinha visto neve...


não houve mais aulas o resto do dia!
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devo esta recordação à minha querida amiga.

11 comentários:

Anónimo disse...

Teresinha,
Ao ler o seu post,senti o frio daquela manhã branca,que não houve escola e a brincadeira era atirar neve à vizinhança.Esse Natal,que o frio tornara a lareira a mais pequena e quente de sempre!
Mas...o pensamente e o frio não ficaram aí...Senti os papelitos ou farrapos de neve que se sentem nas relações.Esse frio que se instala,gela os sentimentos e não deixa aquecer o coração.
E o tempo vai passando ,mas nunca mais se aquece!Não esqueço o calor próprio ,que era o teu!Tu eras o "Sol".Agora a vida é traduzida em morno.Porque o vazio e o arrepio que deixaste no meu coração,ainda não passou...
Tu ,esse frio ,essa neve impensável à beira da praia..
Marcaste uma estação na minha vida.
Os dias do teu "Sol",o os dias de vida.Para si,e todos que aqui passam,perfume.Boa semana.

Anónimo disse...

obrigada flor e até amanhã.

mfc disse...

Se me lembro... foi um nevão único na nossa região!!

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Teresa:
já nesta altura a Gaiqata tinhja olho mais adestrado que os coleguinhas, heim? Não diz é muito bem do interesse do e pelo programa, mas outra coisa não era esperável...
É extraordinário como um corpo frio pode despertar sentimentos tão quentes no nosso íntimo. E, se cá a raridade explica algo, já não se percebe tão bem a alegria da criançada lá por fora.
Beijinho em floco.

Anónimo disse...

mfc,
pois foi e será memorável!

querido paulo,
adorava ciências da natureza, tanto é que foi o meu rumo. a questão é que como eu estava do lado contrário à janela e sou canhota, a escrever ficava fisicamente virada para a janela.(satisfeita a insinuação?)
quanto ao quentinho bom e íntimo proporcionado pelos flocos, concordo!
beijinho em floco também aí para o sul.

Capitão-Mor disse...

As memórias de inverno são cada vez mais distantes para mim. Acho que não uso mangas compridas desde 2004 e creio que o meus cérebro está-se a esquecer da sensação física que o frio provoca.

Anónimo disse...

meu caro capitão,
não sei se lhe diga "que sorte"...acho que é bom termos um pouco de tudo. tem que nos fazer uma visita. beijinhos.

mr. esgar disse...

eu nesse dia estava em casa, a dormir. acordaram-me com o telefone, a exigir presença imediata no liceu. a manhã foi passada a brincar com bolas de neve atiradas uns aos outros...

Teresa disse...

olá esgar,
acho que esse dia ficará na memória de muitos e acontecimentos inesperados como esse fazem-nos sentir crianças novamente! até os meus professores estavam em pulgas!
obrigada pela visita. ;)

António disse...

Querida Teresa!
Ver nevar perto do litoral é coisa rara e, por isso mesmo, inesquecível, mesmo que sejam só uns floquinhos.

Beijinhos

Anónimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu