quarta-feira, janeiro 16, 2013

o privado não se reparte...(401)


imagem daqui

fico perplexa com a actuação das empresas/pesoas. realmente, passamos por uma verdadeira crise de valores, mais que financeira. que desilusão. o que vão ler é um e-mail que preparei para uma empresa que me contratou um serviço de formação a ser ministrada num cliente. 


"Exmos. Senhores,

serve o presente para comunicar o meu profundo desagrado como formadora face aos procedimentos de pagamento que praticam.

De acordo com o e-mail de sexta-feira, 27 de Abril de 2012 13:46, já tinha mostrado este meu descontentamento: 

"Apenas no contrato que propõe, no ponto 3 da 1ª cláusula, é um assunto que eu não acompanho, pois quem trata directamente das questões financeiras com o cliente não sou eu, facto pelo qual não tenho qualquer intervenção e fico impossibilitada de acompanhar este aspecto. Entenda que tenho todo o interesse em corresponder a esta V/ solicitação, mas os termos da concretização da mesma têm que ser exequíveis para todas as partes, assim como as verbas a pagar pelo meu serviço devem ser liquidadas aquando da conclusão da formação. Quanto à entrega atempada da documentação esta posso assegurar.  Assim, fico a aguardar uma resposta da V/ parte." 

Agrava-se a situação pelo facto de o Cliente ter insistido em que fosse eu a dar a referida formação, pois a EMPRESA CONTRATANTE tinha sugerido outros formadores e o cliente manteve a posição de querer que fosse eu a formadora. Face a isto e em respeito ao Cliente e relação EMPRESA CONTRATANTE/Cliente, cedi em ser formadora mas longe de saber que poderia vir a ser prejudicada pelo pagamento tardio da formação ministrada. A saber, o facto do pagamento ser efectuado agora, decorridos 7 meses do final da formação, reflectir-se-á em não receber o equivalente a 2 horas de formação, não contando com os juros associados ao valor em causa. Como devem compreender, não posso de deixar de referir que me desagrada profundamente a V/ forma de actuação e, mais que o valor envolvido, estão aqui em falta questões de ordem de princípios e respeito por todas as partes envolvidas. Penso que decorridos todos estes anos em que mantemos uma relação profissional EU/EMPRESA CONTRATANTE sempre cumpri as minhas obrigações, os prazos definidos, a qualidade pretendida, com sucesso e sempre "vesti a camisola" no sentido de dar a melhor e mais profissional imagem do EMPRESA CONTRATANTE

Acreditem que, caso existam futuras oportunidades, não será por esta situação que irei mudar a minha postura porque nada é mais tranquilo para mim do que saber que ajo de uma forma correcta respeitando o próximo. Não escondo que, face à relação profissional que nos liga, a minha expectativa é receber, no mínimo, em troca o respeito que penso que mereço e todos merecemos e com profissionalismo."

Sem comentários: