somos aquilo que comemos...(3)

“Com o Outono chegam-nos as abençoadas chuvas e com elas os cogumelos silvestres, o melhor que a floresta dá no que à gastronomia se refere.(...) Não lhes vou dar uma só dica de como reconhecer os comestíveis dos que, sendo úteis à floresta, podem ser fatais para o homem. Dou-lhes um bom conselho comam apenas cogumelos adquiridos em locais que possam ser responsabilizados pela sua venda. Além de frescos, os melhores, nas respectivas épocas, os cogumelos vendem-se secos e de conserva. (...)” in DN por maria de lourdes modesto
O consumo de cogumelos pode provocar dores no estômago, diarreia, náuseas e vómitos. Pode também piorar problemas a nível de doenças mentais ou mesmo despoletá-las. No caso dos cogumelos “mágicos” poderão verificar-se acidentes originados pela interpretação incorrecta da realidade.
Existem cogumelos venenosos que podem ser muito tóxicos ou até letais. A Amanita é uma droga muito perigosa, sendo actualmente responsável por 90% dos casos fatais de envenenamento por fungos. O uso prolongado de algumas espécies poderá levar à debilidade mental. Doses excessivas podem provocar delírios, convulsões, coma profundo e morte devido à paragem cardíaca.
Os cogumelos em frasco, enlatados, embalados e secos, nomais, míscaros ou outra espécie comercializável, não são de risco. Todos os cogumelos que adquirimos, supostamente já terão sido inspeccionados e adicionalmente, só podem ser comercializadas as espécies permitidas.
O pior, na maior parte dos alimentos que consumimos, é não ser detectável sensorialmente o seu estado, nomeadamente quanto à presença de toxinas ou bactérias patogénicas.

Um conselho fica desde já, consumir apenas cogumelos embalados e devidamente identificados pelo produtor/distribuidor.